quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Feliz Aniversário Tolkien!

Tolkien faria hoje 122 anos se vivo fosse. Ele se foi, após uma vida longa e repleta de pequenos gestos de bondade e grandes realizações. Dentre seus pequenos gestos de bondade alguns ficaram para a posteridade, pois foram escritos feitos para atiçar a chama da imaginação no coração de seus filhos. Todos os anos, ele pedia aos filhos que escrevessem cartas a Papai Noel e escrevia respostas, na forma de narrativas imaginativas das aventuras dos habitantes do Pólo-Norte. 

Outro desses pequenos gestos de bondade foi um livro sobre as aventuras de um cãozinho de brinquedo, perdido por seu filho em uma viagem à praia. Para consolá-lo pela perda de seu companheiro de folguedos, cão de brinquedo, mas real em sua imaginação. 

Tolkien foi um homem religioso, mas não intolerante; amigo dedicado, estudioso brilhante, poliglota e marido apaixonado. Sua vida pacata, mas repleta de um vigor que se originava de sua brilhante imaginação, nos legou obras inesquecíveis, que tiveram o condão de, por várias gerações, instilar esse mesmo vigor nos corações de seus leitores, como ele fez em vida com seus pequenos gestos de bondade para com seus filhos. 

Creio que o maior legado de Tolkien não sejam suas obras, não, certamente esse não é seu maior legado. Aquilo que de mais importante ele nos deixou foram seus fãs, seus leitores, e todos àqueles em quem a magia de suas palavras acendeu uma chama imorredoura. Pessoas como J. R. R. Martin, ou seu dileto amigo C. S. Lewis. Em cada coração em que as palavras de Tolkien depositaram essa centelha, ali está o seu verdadeiro legado, somos nós, seus fãs, sua herança para esse mundinho cinzento, que não acredita mais em elfos e magia, e que se esqueceu de que a amizade e a alegria valem mais do que montanhas de ouro, esse mundinho estranho em que a fantasia é vista com desdém, pois, em cada um de nós, seus leitores, seus discípulos, ele semeou a dúvida contra as certezas sisudas que transformam nossa sociedade em uma terra árida. Nós somos as fontes, cavadas pelas mãos desse gênio nesse mundo ressequido, não nos esqueçamos jamais disso, pois somos o legado de Tolkien, os continuadores de sua fantasia e magia, num mundo que parece ter esquecido de sonhar...

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